sábado, 23 de julho de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

La cuenta? No, no! Una Cusqueña más!


Estamos em Cusco, capital do Império Inca. O que não falta por aqui é história, ruínas e vestígios de um passado magnífico, misturados à agitação de milhares de turistas, com bares badalados, restaurantes caros, menus econônicos para os mochileiros e mercados e mais mercados com produtos irresistíveis.

Por aqui, já fomos a museus, ruínas, igrejas e fizemos mais compras. Continuamos todos adorando a viagem e todos reclamando do frio. Hoje à noitinha estava 5 graus e imagino que agora de madrugada esteja negativo, porque demorei horas pra descongelar os dedos e conseguir postar aqui.

Com mais ou menos duas semanas de viagem, estamos ansiosos pelo que ainda vamos ver (Machu Picchu e Lima), mas também já estamos com saudades de casa. O calor do Brasil, mesmo na sequidão do Cerrado em agosto, é o que mais sonhamos. Eu e o Pablo todos os dias prometemos que só vamos tomar banho ao voltar pra casa, que não dá pra aguentar esses chuveiros falsamente calientes que nos torturam, mas o sangue de índio brasileiro fala mais alto e acabamos encarando o terror dos gatos escaldados.

Na culinária, morremos de saudade do nosso arroz e churrasco. A pedido do Alexandre, vamos tentar encontrar um bom rodízio de carnes em Lima. O Leandro está com saudade da lasanha da sua mãe, e de tanto ele falar todos nós já nos convidamos para um almoço de reencontro.

Como turistas "experientes", estamos apreciando a cidade com mais calma. Não corremos mais para tirar fotos a cada chola com filhotes de ovelha, não nos chateamos tanto com os pequenos golpes de preço trocado, sabemos escolher melhor a comida e já nos conformamos que não dá pra ver tudo o que queremos.

O Perú é admirável por sua cultura e belezas naturais. Dá pra vir aqui e voltar várias vezes e ainda ter o que fazer. É claro que não ignoramos a pobreza desse país. Assim como no Brasil, nos pedem dinheiro, muitos não tem dentes, há lugares com cheiro ruim e falta verba pra pesquisas (as ruínas Templo de Chavín, por exemplo, pode ser maior que Machu Picchu, mas está quase tudo soterrado). Mas a impressão aqui é que o povo tem mais respeito e amor pela sua cultura. Quem me explicou sobre as ruínas de Chavín foi um vendedor ambulante. As praças, ruas, casas e comércios estão todos enfeitados com as cores da bandeira nacional para comemorar a Independência Nacional, dia 28. A maioria da população fala algum dialeto antigo, como o Quíchua, remanescente dos Incas. As mulheres carregam seus bebês em mantos coloridos. São pequenas amostras de um amor pelo país que eu só vejo nos brasileiros em dias de jogos da seleção. Fico pensando porque nós, mais ricos e maiores, também não somos assim.

Mas isso é um papo pra depois, com uma boa cerveja e belas recordações de viagem. Continuamos por aqui curtindo a paisagem e comprando regalitos pra vocês.


Happy hour no hostel, porque ninguém é de ferro.

Máscara que assusta, mas protege do frio que é uma beleza.


Postado por Agatha

terça-feira, 19 de julho de 2011

A cereja do bolo

ontem pegamos nosso último ônibus no Peru. Saímos de Puno para Cusco, onde finalmente vamos ter um pouco mais de tempo e consequentemente mais vontade de detalhar tudo o que estamos vendo aqui no blogue.

Cusco é a cereja do bolo por que daqui vamos pra Machu Picchu. Finalmente assumimos nossa incapacidade física(exceto a dupla dinâmica Hidemi e Dani) e pagamos um pouco mais para ter um pacote de "turismo de velhos pela europa". Vamos lá sexta e sábado.

Hoje demos uma circulada pela cidade (basicamente pela praça principal), já compramos mil trocinho típicos, nos encantamos com a arquitetura local e tiramos o dia para recuperar as energias de tanta correria.

Amanhã colocamos fotos pra mostrar a vida de mochileiro no Peru.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

dias corridos, ou os "dorme sujo"

Faz pouco mais de mais de uma semana que estamos aqui e possivelmente nunca tinhamos vivido tantas coisas como aqui.

Depois de dois dias sem banho no passeio de ônibus pelo vale do colca, fomos conhecer o lago Titicaca. Islas Uros, as flutuantes feitas de totora. depois para Amantani, onde ficamos com familias nativas, comendo sopa de quinua, trutas frescas e batatas de varios tipos diferentes. as casas sao muitos simples, sem energia eletrica e banheiro como conhecemos (sem pia, sem privada... sem banho de novo. isso foi o mais dificil!!!!). mas as familias sao otimas e fazem tudo para que a gente fique a vontade. fizemos uma caminhada literalmente de tirar o folego ate um "mirador": 360 graus de lago. valeu super a pena.

de noite nasceu a lua cheia mais linda de todo o mundo por detras das montanhas do lago. foi fantastico. alem disso, foi otimo que ninguem precisou usar o banheiro de noite. de manha fomos a ilha Taquile onde vivem cholitos de verdade. almoco: sopa de quinua, trutas, batatas e cha de munha.

voltamos depois do almoco, imundos, fedidos, com frio. mas felizes!

sábado, 16 de julho de 2011

Solo un rato

Oi, pessoas!

Essa é uma atualizaçao muy rapidita e com mucha prissa. Fomos a um passeio muy lindo pelo Vale del Colca. Chegamos em Arequipa, corremos pra fazer as malas e partir pra Puno, onde vamos ver o sonhado Lago Chichicaca (assistam Diários de Motocicleta para sonhar junto).
Hoje, destaco como super super o vôo dos condores e o cemitério Inca nas montanhas. Pela pressa, as fotos ficam pra depois.
Depois de Puno vamos para Cusco, onde o mundo baila e faz muito frio.
E estamos todos bem!

Agatha

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ica, Arequipa.. onde estamos mesmo?

Olá, Brasil!


Estamos todos bem, com saúde e níveis variados de dinheiro, animação e cansaço. Mas todos felizes de estar aqui. Passamos por neve, favelas inacabáveis, plantações de uva, desertos, shoppings modernos, oceanos, cidades milenares, ruínas... Como é rico esse Peru!





Agora estamos em Arequipa. Partimos de manhã para um passeio que não decoramos o roteiro, mas inclui vulcões, canion, condor e aguas calientes para relaxar. Parte do grupo assumiu a preguiça e vai de ônibus e van, parando pra tirar fotos e andar um pouquinho. Hidemi e Dani vão desbravar a região a pé, num treking tranquilo com paisagens bonitas.



No resumo, a viagem está sendo ótima e vamos contar as histórias por anos e anos (nos aguentem!). Muitos peruanos nos olham com um misto de admiração e curiosidade, como nós brasileiros olhamos os que chamamos de gringos, e é estranho estar do outro lado. Mesmo quem trouxe pouco dinheiro ainda é um estrangeiro rico perto de muitos trabalhadores daqui.




A viagem está corrida, mas queremos ver o máximo de coisas possíveis e o máximo de fotos que nossos cartões de memória aguentam. Já temos mais de 3 mil fotos! E isso porque toda hora tem alguém sem bateria, sem memória ou sem paciência pra mais fotos.



Aqui tem destinos ideais para viagem de aventura, de compras (Absolut 18 dólares!), de lua de mel, de badalação, cultural... Então a primeira conclusão certeira é que recomendamos o Peru como destino de férias. É claro que tivemos alguns contratempos, mas nada que não aconteça no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. Estamos sendo bem tratados e a realidade é muito melhor que todo o terrorismo que fizeram antes, que não poderíamos beber sucos nem água, não comer nada feito aqui, que seríamos roubados a todo o minuto. Calma, minha gente. Mesmo nos enrolando com o español, nos sentimos em casa aqui. Como brasileiros, entendemos a riqueza natural e cultural que contrastam com a pobreza econômica desse país fascinante. Vem, gente!

sentado en las montaña del Perú

Ola a las damas e cavalleros, que sigen leyendo a esto blogue.

Em Ica, nos hospedamos no oásis Huacachima, um porção de água cercada de duna por todos os lados. Impressionante, num deserto enorme, com dunas altíssimas que nunca saem do lugar, há uma pequena lagoa. Em volta dela, vários hostels com muitos turistas israelenses. Passamos a tarde cuidando da continuidade da viagem: passagens, câmbio de moedas, pacotes etc. A noite fomos tomar "copas típicas", como el Pisco Saur, la Cusqueña e, claro, Inka cola. No restaurante achamos também um arroz chinês que fez a alegria de quem já tava há alguns dias só no cardápio local (que saudade do feijãozinho lá de casa.)

Na manhãzinha do dia seguinte, tomamos um barco para conhecer as Ilhas Ballestras: milhões de pássaros e leões marinhos e peixes e zaz e zaz.... O passeio é incrível, dá pra ver uma das famosas linhas de Nazca, o candelabro.

De lá fomos conhecer el autêntico pisco en las bodegas. Os peruanos também brindam "arriba, abajo, adelante...", mas nosso guia nos ensinou alguns ditos mais que teremos o prazer de compartilhar com os amigos brasileiros na volta.

A tarde fomos pirar nas dunas de Ica nesse carrinho super Mad Max. Havia uma albanesa e um koreano com a gente no carro e ele ficou superfã do grupo. Aliás, enquanto europeus e israelenses pareciam inabaláveis frente a toda a emoção e o deslumbre do lugar, o grupo virou sensação naquele dia. Gritos, poses pra foto, filmagem, sabdboard... foi emociante!


De noite, embarcamos pra Arequipa. A estrada vai subindo na beiradinha de um precipício e a do lado de fora a neblina não deixava ver nada. Também não conseguimos passagens na companhia que queríamos. Isso foi um pouco tenso, por que na preparação para a viagem muitos sites diziam que roubam as mochilas dos turistas, botam "boa noite cinderela" nos seus drinque e tiram seus rins para o comércio internacional de órgãos.... Mas no fim das contas, até agora não vimos nadinha disso. No máximo um precinho mais salgado pros turistas, mas nada que não se faça no Brasil.