terça-feira, 12 de julho de 2011

Adeus Huaraz

Ontem, foi nossa despedida de Huaraz, nisso, nossa aventura seria na neve, em Nevado Pastoruri. Erramos nosso post anterior quando dissemos que fomos há 5000m acima do mar, tinhamos ido somente há 4000, somente ontem chegamos há 5600 acima do nivel do mar.
No caminho com trilhas de anos 90 cafona (aqui as pessoas parecem que não se atualizaram musicalmente) fomos subindo até um vale, mascando coca o tempo todo pra conseguir chegar no gelo. No vale, haviam lagos e plantas muito exóticas, como sempre, usamos referências de filme toda hora pra cada lugar que chegamos, nerdismos no Peru.

Pronto, depois de tantas curvas chegamos no pico onde se encontrava neve, o caminho até o gelo era longo, por isso fomos a cavalo. Os cavalos eram fortes e bonitos. No caminho, a camponesa que cuida dos cavalos foi conversando com a gente, ela mora nas montanhas e no fim de semana, navega na internet. Exótico é ensinar uma camponesa peruana há 5600 m de altura a sambar em pleno curral com vista para o gelo, ela adora os brasileiros e nossa cultura, e conseguimos divertir muito com ela, e até esquecer um pouco do frio. No gelo, váriras fotos, chegou até a nevar, estavamos mais fortes que nos outros dias. No caminho de volta, fiquei fraco e meio inconsciente em cima do cavalo, só sabia que estava com mais frio que os outros, achei que não fosse ter forças pra voltar e que ia ficar com hipotermia, era tipo um delírio com tamanha dor de cabeça, porque fiz o caminho de volta muito rápido e me faltou oxigênio.


Quando não conseguia dicernir o caminho, o tempo e o espaço em cima do cavalo, só conseguia pensar que por mais que estivesse tendo uma das piores sensações de mal estar com a altitude, pareceia que minha vida fazia sentido bem naquele momento. Toda revista que colecionei quando criança sobre machupichu, pirâmides e exentricidades que meus familiares e terceiros nunca entederam passou a fazer sentido, todo esforço pra juntar dinheiro, todas noites mal dormidas valeram pela conversa e pela vista que tive naquele cenário surreal.



Voltamos com as chicas do carro cantando Shakira loucamente quando me recuperava, tivemos um desespero momentânio por estar de fora do Hostel trancados como mendigos poucos antes do ônibus partir, e ainda sim conseguimos rir com as peculiaridades de cada um do grupo. Lourdes e Alexandre apreciavam uma cerveja, eu e a Agatha achamos que iriamos morrer perdidos no Peru, Dani e Hidemi preocupadas uma com a outra ao invez de desesperar, e Helen apreciando uma macarrão de rica. E finalmente, econtramos Pablo e Jordana hoje, que ainda não se acostumaram com o hippismo, precisam de uns dois dias sujos pra poder desapegar... e assim segue nossa viagem.

2 comentários:

  1. "Todo dia ela faz tudo sempre igual..." Sou eu olhando as noticias do Peru antes mesmo das noticias do Uol...virou rotina!!! Força na peruca, meninos!!!!Se cuidem!Bjs

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  2. Pessoal, acho q da pra escrever um livro hein!
    Quem anima?
    Quero a minha edição autografada por todos os herois rsrsr

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