Estamos em Cusco, capital do Império Inca. O que não falta por aqui é história, ruínas e vestígios de um passado magnífico, misturados à agitação de milhares de turistas, com bares badalados, restaurantes caros, menus econônicos para os mochileiros e mercados e mais mercados com produtos irresistíveis.
Por aqui, já fomos a museus, ruínas, igrejas e fizemos mais compras. Continuamos todos adorando a viagem e todos reclamando do frio. Hoje à noitinha estava 5 graus e imagino que agora de madrugada esteja negativo, porque demorei horas pra descongelar os dedos e conseguir postar aqui.
Com mais ou menos duas semanas de viagem, estamos ansiosos pelo que ainda vamos ver (Machu Picchu e Lima), mas também já estamos com saudades de casa. O calor do Brasil, mesmo na sequidão do Cerrado em agosto, é o que mais sonhamos. Eu e o Pablo todos os dias prometemos que só vamos tomar banho ao voltar pra casa, que não dá pra aguentar esses chuveiros falsamente calientes que nos torturam, mas o sangue de índio brasileiro fala mais alto e acabamos encarando o terror dos gatos escaldados.
Na culinária, morremos de saudade do nosso arroz e churrasco. A pedido do Alexandre, vamos tentar encontrar um bom rodízio de carnes em Lima. O Leandro está com saudade da lasanha da sua mãe, e de tanto ele falar todos nós já nos convidamos para um almoço de reencontro.
Como turistas "experientes", estamos apreciando a cidade com mais calma. Não corremos mais para tirar fotos a cada chola com filhotes de ovelha, não nos chateamos tanto com os pequenos golpes de preço trocado, sabemos escolher melhor a comida e já nos conformamos que não dá pra ver tudo o que queremos.
O Perú é admirável por sua cultura e belezas naturais. Dá pra vir aqui e voltar várias vezes e ainda ter o que fazer. É claro que não ignoramos a pobreza desse país. Assim como no Brasil, nos pedem dinheiro, muitos não tem dentes, há lugares com cheiro ruim e falta verba pra pesquisas (as ruínas Templo de Chavín, por exemplo, pode ser maior que Machu Picchu, mas está quase tudo soterrado). Mas a impressão aqui é que o povo tem mais respeito e amor pela sua cultura. Quem me explicou sobre as ruínas de Chavín foi um vendedor ambulante. As praças, ruas, casas e comércios estão todos enfeitados com as cores da bandeira nacional para comemorar a Independência Nacional, dia 28. A maioria da população fala algum dialeto antigo, como o Quíchua, remanescente dos Incas. As mulheres carregam seus bebês em mantos coloridos. São pequenas amostras de um amor pelo país que eu só vejo nos brasileiros em dias de jogos da seleção. Fico pensando porque nós, mais ricos e maiores, também não somos assim.
Mas isso é um papo pra depois, com uma boa cerveja e belas recordações de viagem. Continuamos por aqui curtindo a paisagem e comprando regalitos pra vocês.

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